Eu confesso que
Vou mudar de casa.
Esta é grande demais para mim e sinto-me só aqui.
A minha mulher decidiu partir para o outro lado do mundo… acabou-se a paixão.
Afinal não era amor o que ela sentia… paciência.
Eu amo… por isso, para mim foram o melhor dos tempos e a pior das coisas.
Cada vez menos pessoas se unem por amor, acho eu… por isso as pessoas se separam tanto hoje em dia.
Há sempre motivos bonitos para formar casal… paixão, desejo, amizade, interesse – esse menos bonito talvez, mas também há interesses bonitos e românticos… e as pessoas pensam que amam e dizem: amo-te!
Mas afinal poucas vezes é mesmo amor e a coisa não dura muito – olha aí o meu caso, ou melhor o caso da minha ex… pois eu amo. Sempre irei amar pois aprendi o que isso é. E se não for amor não me interessa relacionamento intimo… fica só pela amizade o que é belíssimo por si só. Se há coisa bonita no mundo á a amizade… mas amar é belo, é bom e é ainda melhor do que isso 🙂
A minha filha adolescente de um casamento anterior, onde também se acabou o amor, desistiu de estudar… amo-a muito, pois criei-a só desde a separação da mãe dela… Resolvi arranjar-lhe um trabalho e coloquei-a a morar na casa da mãe para que sinta uma mudança na vida… – há mais maneiras de aprender do que na escola -. Porém como a amo muito custa-me estar sem a minha filha numa casa grande, e custa-me estar sem a mulher que ainda estou a aprender a considerar só amiga em vez de esposa. Curioso… fico sempre amigo das minhas ex’s… muito amigo mesmo, mas não tem dado certo. Coisa curiosa o amor na vida da gente… para mim dói que se farta.
Vou mudar de casa para uma cidade em vez de morar numa vila… preciso sentir o buliço da multidão e aprender outra vez a gostar de estar só… quando não se tem o que se gostaria, deve pelo menos gostar-se do que se têm, não? E eu já me esqueci de como se gosta de estar só, tenho que aprender outra vez. Preciso de sentir a companhia de alguém e vou refugiar-me numa cidade, onde poderei estar só no meio da multidão… só mas acompanhado pelo barulho de desconhecidos, e de vez em quando visitar ou receber algum dos pouquíssimos e por isso mesmo preciosos amigos que a vida me proporcionou.
Vou para perto do mar, sempre gostei do mar…
Quem sabe um dia encontro uma pescadora que me fisgue no seu anzol usando amor verdadeiro como isco em vez do falso engodo que é a passageira paixão?
E me tire deste marasmo sem sentido de viver sozinho quando afinal até é grande a solidão de tanta linda mulher por aí… mas… onde está aquela que quando diz “amo-te” sabe e sente realmente o que diz em vez de estar iludida por alguma coisa que nada tem a ver com o verdadeiro amor incondicional que aprendi a oferecer tão sem me cuidar de ser magoado??
E ver vamos como dizia o ceguinho… a ver vamos!
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