Sou crossdresser desde criança, quando imaginava que era uma garota e fazia sexo com homens, e usava lingeries de minhas irmãs.
Mas somente aos 14 anos, comecei a me masturbar por trás e a partir de então, meu interesse por mulheres diminuiu e eu só me imaginava sendo esposa de um homem. Passei a usar mais e mais roupas femininas, e quando comecei a trabalhar, pude comprar perucas, sapatos e sandálias femininas, de diversos tipos de saltos, pois amo a sensação do bumbum empinado e do barulho ao caminhar de salto. Comprei espartilhos, meias 7/8 e cinta liga, calças legging, vestidinhos, blusinhas, maquiagem, tanto novos como usados, de brechó. Acho maravilhoso roupas de brechó, que ja vem com o perfume de uma mulher que a usou, e pensar que aquela roupa ja vestiu uma mulher e agora veste a mim, me encanta. Já adulta acabei me casando com uma mulher, e escondida, usando cada roupa dela, sempre que podia. No inverno eu conseguia até dormir de calcinha e sutiã, embaixo do pijama, sem ela perceber. Eu estava casada com ela, mas no fundo queria mesmo era ser como ela, uma esposa, e ter um marido para me usar, me comer, me fazer de mulher e me fazer gemer. Satisfaze-ló com boquetes, engolindo seu semen, e durante viagens de carro, parar no caminho apenas para chupar e dar para ele.
bem, na falta dessa possibilidade, eu saia com homens para um encontro no motel, geralmente usando algumas peças de roupa, como calça e blusinha e lingerie de minha esposa. Machos de melhor performance chegavam a ficar 40 minutos me comendo, me usando como mulher, alguns curtiam enfiar a língua em mim por trás, me fazendo delirar, e todos sempre me dedavam antes de penetrar, primeiro um e depois dois dedos, entrando e saindo, girando, torcendo, me arrancando os primeiros gemidos. Depois a penetração, a dor inicial, que quando era um dote grosso, parecia que eu iria rasgar, uma sensação desesperadora, mas inevitável, na posição inferior, submissa e entregue. Quando era um dote longo, as estocadas tocam o fundo, causando gemidos mais de dor que de prazer. Ser mulher por traz exige gostar de sentir dor anal, e eu sempre gostei, se não doer um pouco já não consigo gostar. Gosto de me sentir usada, feita de mulher para satisfação do macho. Se ele me bater no rosto com força e também no bumbum, e me chamar de putinha, de vagabunda, me excita ainda mais. Meus mamilos são sensíveis e se o homem beija-lós, eu me contorço e vira uma tortura para mim. Minha pela e clara e muito macia, pois tenho nível alto de hormônios femininos, mesmo nunca tendo usado hormônios artificiais. O que me conferiu a pele macia e sedosa, sem pelos no tórax e abdômen, e um bumbum particularmente grande, arredondado, e feminino. Sempre fui magra e alta, o que confere um corpo delicado, esguio e uma silhueta feminina, quando estou montada.
Minha esposa sempre teve pouco interesse por sexo e mesmo assim só o básico, o que nos afastou mais e mais, a verdade é que eu gosto muito mais de dar para um homem do que ela, e amo ser bem putinha, submissa e devassa.
Já fiz inúmeros passeios noturnos, em ruas e praças, toda montadinha, da cabeça aos pés, incluindo peruca, maquiagem e salto alto.
Posso dizer com segurança que os homens se interessam por Crossdressers e travestis a nível de fantasia, mas quase todos na hora do encontro real perdem a coragem e desistem, o que torna encontrar um macho, muito demorado e trabalhoso. Também posso afirmar que a maioria dos homens acha que é bom de cama, mas são um vexame, de fato, pois nem o básico conseguem fazer certo. Ao descobrir isso, comecei a entender a imensa frustração das mulheres nas relações, a falta do orgasmo, das preliminares, pois tudo que eles homens pensam que é sexo, é penetrar com força e velocidade até eles gozarem, e acham que isso é ser incrível para uma mulher.
Vivendo os dois mundos, aprendi a dar prazer a uma mulher, como homem, de formas que ninguém consegue imaginar, pois consigo manter preliminares e sexo por horas e horas a fio, com muitas e diferentes práticas, que elevam os níveis de prazer feminino ao máximo, além de múltiplos orgasmos em um único encontro. Sei que sou bi sexual e crossdresser, mas infelizmente nunca achei um homem que soubesse fazer comigo 10 % do que eu faço com uma mulher, o que tem la sua ironia, e verdade, mas talvez somente um homem gay ou bisexual, consiga entender melhor como qualquer pessoa na condição mais passiva da relação, precisa receber estímulo e prazer, inclusive a mulher.
Se você pensar porque me casei a resposta é simples, eu gosto de ter a minha própria família, ter filhos e maravilhoso, mas também admito que um homem crossdresser não deveria se casar com uma mulher, a não ser que ela fosse liberal o bastante para saber disso antes do casamento e aceitar essa condição, pois uma vida de mentiras é injusta e errada com todos, inclusive e principalmente com a mulher que pensa estar casando com macho e na verdade esta casando com um homem que pega mulher e homem, e que para realizar seus desejos, em momentos de anta ansiedade da pulsão sexual, vai acabar saindo com homens.
Obviamente essa reflexão e essas verdades vieram tarde, eu não sabia que seria quase impossível lutar contra meus desejos, já que são de natureza compulsiva.
sei que o mundo parece estar desmoronando, a promiscuidade é o derretimento das famílias e casais convencionais, mas espero que ao menos as pessoas estejam aprendendo a se aceitar como são, por inteiro e não por metade, sem se anular como indivíduos, e aprendam a conversar sobre si mesmas com seus parceiros e parceiras, trazendo mais leveza, transparência e verdade nas relações. Ainda é uma minoria, mas que cresce todo dia, as pessoas que estão conseguindo fazer isso. O ponto negativo é que num país livre como o brasil, sim livre se comparado a maior parte do mundo, as bandeiras ainda não sabem o que fazer com essa liberdade, pensam que precisam esfregar sua verdade na cara dos outros, se impor por leis e costumes, quando na verdade a expressão da sexualidade não é uma bandeira para as ruas, é algo que primeiro precisa ser tratado consigo mesmo, e depois com o diálogo franco com o parceiro ou parceira, e a partir disso, as bandeiras podem começar a descer e as pessoas voltar a sorrir por simplesmente serem felizes. Para homens e mulheres independente de como sentem e vivem sua sexualidade, só existe um jeito de se realizar e ter que paz, que é falar para a outra pessoa o que sente, deseja, como e porque. E se a outra pessoa não estiver pronta para essa conversa, ela nunca vai poder realizar você. Beijos da Vanessa Cristine
Oi, obrigado por compartilhar.
Eu me identifiquei em cada parágrafo!
Muito bacana tudo isso, imagino que muitas pessoas foram ajudadas. Parabéns!
Que maravilha de texto! Tenho certeza que você ajudou muitas pessoas a reverem seus conceitos,parabéns!